O CISAPE – Consórcio Intermunicipal do Serão do Araripe, que reúne 14 municípios de três regiões do Sertão de Pernambuco — Araripe, Sertão Central e Sertão do São Francisco — alcançou um marco importante para o desenvolvimento regional. O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) reconheceu oficialmente o consórcio como apto para a equivalência ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), dentro do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA).
A cerimônia de entrega dos certificados do SISBI-POA aos consórcios aconteceu no dia 24 de setembro, em Timbó-SC, com a presença do Ministro da Agricultura, Carlos Henrique Fávaro.
O presidente da instituição e prefeito de Moreilândia, Teto Teixeira, juntamente com o coordenador do Serviço de Inspeção, Paulo Ricardo, recebeu o certificado.
Com essa equivalência, os produtos de origem animal inspecionados sob a gestão do CISAPE poderão ser comercializados em todo o território nacional, abrindo novas possibilidades de mercado para produtores da região.
O reconhecimento representa um avanço histórico, pois garante que quem produz com origem animal, como leite, queijo, peixes, ovos, mel e derivados tenham acesso a novos mercados, com mais competitividade e autonomia. Além disso, pequenos e médios empreendedores rurais poderão expandir seus negócios, gerar empregos e agregar valor à produção agropecuária.
Segundo o MAPA, o processo de certificação é criterioso. Foram mais de 150 consórcios inscritos em todo o país, 97 selecionados, mas apenas 32 conseguiram cumprir todas as etapas para conquistar a equivalência. O CISAPE passa agora a integrar esse grupo restrito, validando a qualidade dos serviços de inspeção que realiza.
O Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA) integra o SUASA e tem como objetivo padronizar e garantir a qualidade dos serviços de inspeção realizados pelos estados, municípios e consórcios públicos. Com a equivalência ao sistema federal, os produtos inspecionados localmente passam a ter validade nacional, assegurando a descentralização da inspeção sanitária sem perder o rigor técnico.