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Após pressão política, Danilo Cabral anuncia saída do comando da Sudene

O ex-deputado federal Danilo Cabral (PSB) anunciou que foi desligado do comando da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), após dois anos e dois meses de sua nomeação.

A saída ocorreu em meio a pressões de lideranças políticas de outros estados, especialmente do Ceará, em torno da obra da Transnordestina.

Por meio de nota, Danilo Cabral contou que foi comunicado de seu desligamento e agradeceu pela confiança ao presidente Lula (PT), ao ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes e à “valorosa equipe da Sudene pelo trabalho conjunto que realizamos”.

“Deixo o cargo com a convicção do dever cumprido. A Sudene voltou. Agradeço também a todas as manifestações de apoio e solidariedade recebidas nos últimos dias. Continuarei atuando em favor do desenvolvimento do Nordeste — especialmente de Pernambuco, minha terra natal — com o olhar firme na superação das desigualdades e na melhoria da qualidade de vida do nosso povo”, diz a nota.

O centro da polêmica envolvendo Danilo Cabral na Sudene foi a obra da ferrovia Transnordestina, o que gerou críticas de políticos e empresários do Ceará.

Um dos motivos para a pressão seria uma eventual insistência do então superintendente para a retomada da obra no trecho entre o Porto de Suape, no Grande Recife, e Salgueiro, no Sertão.

Em abril, a Sudene realizou um evento para discutir a execução da obra no estado, e discutiu soluções para os impasses atuais. Um dos maiores entraves é a necessidade de desapropriações.

O governo federal chegou a anunciar para o segundo semestre deste ano o recomeço da obra, orçada em R$ 3,5 bilhões.

No fim da última semana, lideranças políticas cearenses, como o governador Elmano de Freitas (PT), criticaram a gestão de Danilo Cabral à frente da Sudene, e teriam articulado a saída do pernambucano com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

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