Lourival Holanda, novo presidente da APL Crédito: Rubens Chiri
O
ano era 1901. O escritor recifense Carneiro Vilela fundava a Academia
Pernambucana de Letras (APL) com mais 20 membros ocupando as primeiras 20
cadeiras da casa que, apenas em 1960, completaria os 40 assentos, conforme a
tradição da Academia Francesa.
Após
quase dois anos de atividades presenciais interrompidas por conta da pandemia,
a nova diretoria da APL, eleita em novembro do ano passado, tomará posse na
próxima quarta-feira (26), em uma solenidade aberta ao público. A ocasião também celebra os 121 anos da
terceira casa literária mais antiga do Brasil e a primeira no século. O
evento será no auditório da Academia Pernambucana de Letras, no bairro das Graças, às 19h, e
seguirá todos os protocolos sanitários em vigência no Estado.
O
novo presidente da APL é o acadêmico Lourival Holanda, ocupante da cadeira de
número 4. Nascido em 1950, em Bodocó, no sertão do Araripe, Holanda é professor
titular da Universidade Federal de Pernambuco e autor dos livros Fato e Fábula (1999), Sob o signo do silêncio (1992) e Realidade inominada (2019). Além de Lourival Holanda, também tomam posse outros
seis novos integrantes da diretoria e ainda os membros do conselho fiscal e os
acadêmicos responsáveis pela biblioteca, pelo arquivo e pelas publicações.
Uma
das metas da nova gestão para o biênio 2022-2024 é se aproximar dos jovens
escritores. “Nosso projeto é inovar. Faz parte do propósito da Casa acolher o
que se produz, celebrar, transmitir e incentivar a nova criação. Somos uma
encruzilhada de saberes, cheia de possibilidades. Pretendemos desenvolver
projetos que, além de celebrar a memória da Casa, aproximem toda essa juventude
que está produzindo literatura e arte em nosso Estado”, antecipa o novo
presidente Lourival Holanda.
A
organização pernambucana reúne entre os imortais nomes como Joaquim Nabuco,
Ariano Suassuna, João Cabral de Melo Neto, Barbosa Lima Sobrinho, Manuel
Bandeira, Dantas Barreto e Marco Maciel, por exemplo. Atualmente, cinco
integrantes ocupam cadeiras nas academias pernambucana e brasileira
simultaneamente. São eles: Marcos Vilaça, Geraldo Holanda Cavalcanti, Evanildo
Bechara, Evaldo Cabral da Costa e José Paulo Cavalcanti Filho.