Casamento dos recifenses Marília Morato e Renan Nóbrega foi feito por videoconferência devido à pandemia da Covid-19 — Foto: Luiz Fabiano/Divulgação
A pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, adiou planos, viagens e sonhos. Para alguns noivos, porém, a decisão de superar o momento foi maior do que a de prolongar a espera pelo "sim". A alternativa, então, é oficializar a união pela internet, ainda que sem direito à festa e lua de mel.
"Essa é uma novidade trazida pela necessidade de tentar, dentro de uma situação de pandemia, minimizar o efeitos para as partes. São os casamentos remotos por videochamada e a possibilidade de o juiz delegar para o oficial de registro a celebração do ato", explicou Leonardo Asfora, juiz da 1ª Vara de Registro de Família de Paulista, no Grande Recife.
Ainda segundo o magistrado, os casamentos remotos se apresentam como a solução para "minimizar o sofrimento de quem está precisando casar nesse período", garantindo a realização das cerimônias previstas para os meses de março, abril e maio. Com a impossibilidade dos eventos presenciais, alguns casais aceitaram oficializar a união via chamada de vídeo no WhatsApp.
Quem ainda não marcou o casamento, mas também não pode aguardar o fim da pandemia, deve entrar em contato com o cartório. "As partes entram em contato com o cartório, agendam horário com o juiz, e a gente faz a conferência no horário agendado com as partes, o oficial do registro e as testemunhas", declarou.
Segundo Asfora, todos os oficiais de registro civil estão autorizados a receber a documentação que antecede o casamento, por e-mail, e preparar o processo para que o juiz realize a celebração remota.
Planejado desde meados de 2019, o casamento dos recifenses Marília Morato e Renan Nóbrega havia sido agendado para o dia 15 de abril, mas a pandemia mudou completamente o planejamento deles. Eles foram um dos casais que puderam, de fato, dizer o esperado “sim” na data marcada, mas a união foi oficializada em casa, por videoconferência.
Inicialmente o casamento civil, no cartório, seria comemorado com um jantar para amigos e familiares. No dia 18 do mesmo mês, aconteceria a festa para celebrar a união, com cerca de 200 convidados. Devido ao isolamento social, os abraços e cumprimentos precisaram ficar para depois.
Por Clarissa Góes, TV Globo