O Museu Nacional apresentou, na manhã desta quinta-feira
(13), o primeiro meteorito incorporado à coleção da instituição após o incêndio de 2018. Trata-se
do meteorito Santa Filomena,
que caiu na cidade de Santa
Filomena-PE e pesa 2,82 kg.
O
diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, prometeu que a peça estará em
exposição no ano que vem, na primeira parte do museu recuperada.
A queda do meteorito aconteceu
na tarde de 19 de agosto de 2020,
quando os moradores de Santa Filomena ouviram um estrondo acompanhado da queda
de várias “pedras” do céu. A situação chamou a atenção de curiosos e
políticos.
Um dos
meteoritos, inclusive, chegou a quebrar o telhado de uma casa.
Os
pesquisadores da UFRJ, ligados ao Museu Nacional, foram alguns dos primeiros a
chegar na cidade e coletar amostras para estudos. Eles chegaram no dia 20.
“Em
poucos dias a cidade foi invadida por caçadores de meteoritos. Centenas de
pessoas do Brasil e do exterior”, disse a pesquisadora Amanda Tosi.
O
Meteorito Santa Filomena é classificado como um condrito, que são meteoritos
rochosos encontrados de maneira comum. O que torna a peça especial é a raridade
da queda dele em espaço urbano, além das imagens de câmeras que registraram o
fenômeno.
De acordo com os pesquisadores, o
Meteorito Santa Filomena veio do cinturão de asteroides, um espaço sem
planetas, entre Marte e Júpiter. Ele é importante para a ciência pois ajuda os
cientistas a entender como o sistema solar foi formado.
As pesquisadoras da UFRJ afirmam que o
maior pedaço que caiu em Pernambuco, de 40 kg, foi adquirido por um colecionador no exterior.
Por Cristina Boeckel, G1