Uma menina de 13 anos, foi assassinada brutalmente ao recusar ter relações sexuais com outro jovem, a recusa de Benigna Cardoso da Silva a tornou símbolo da Igreja Católica em Santana do Cariri, no interior do Ceará, mas a história da adolescente conquistou devotos por todo o estado, e atravessou fronteiras. O Vaticano anunciou o dia 24 de outubro de 2022 como a data de oficialização da beatificação da cearense, que será a primeira beata do Ceará e a quarta mártir do Brasil.
Benigna Cardoso da Silva nasceu em 15 de outubro de 1928 no Sítio Oiti, em Santana do Cariri, no interior cearense.
Segundo o relato de pessoas que conviveram com Benigna, ela era uma menina simples, sem vaidades, muito estudiosa e com muita fé em Deus.
No dia 24 de outubro de 1941, Benigna foi assassinada aos 13 anos por Raul Alves, com golpes de facão. Raul tinha 17 anos de idade e costumava cortejar Benigna, mesmo ouvindo sempre as negativas da adolescente. O acusado, então, tentou forçadamente ter relações sexuais com a menina, mas ela se recusou. A negativa enraiveceu Raul, que acabou assassinando a jovem.
Desde então, fiéis da igreja católica passaram a associar a resistência de Benigna com a manutenção da castidade, contra o pecado, o que tem movido as romarias em veneração à menina.
Mais de 80 anos depois, o martírio de Benigna ainda movimenta intensamente os católicos na região do Cariri. O município de Santana do Cariri, onde ela nasceu e morreu, espera uma quantidade de visitantes cinco vezes maior que o tamanho da população local a cada outubro, quando são realizadas as romarias em homenagem à menina.