Um laboratório clandestino foi interditado por realizar testes de Covid de forma ilegal, em Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Dois proprietários e uma falsa técnica de enfermagem foram presos. Segundo a polícia, todos os exames davam negativo. O material coletado era guardado em uma geladeira comum, ao lado de comida, como um pote de margarina aberto.
A ação foi realizada, por agentes da Delegacia de Crimes contra o Consumidor e Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa). Os detalhes da interdição e das prisões foram repassados em entrevista coletiva concedida no Recife.
De acordo com a polícia, os proprietários do laboratório foram autuados em flagrante por crimes contra as relações de consumo e podem pegar até cinco anos de prisão. Cada exame custava R$ 200.
A mulher não tinha registro no conselho de enfermagem e responderá também por exercício ilegal da profissão. Os presos, tinham entre 24 e 45 anos de idade.
A investigação começou quando um grupo procurou a polícia para denunciar o laboratório por desconfiar da qualidade dos testes. Essas pessoas, com exames do tipo RT-PCR negativo, foram até Fernando de Noronha e não puderam entrar na ilha.
No arquipélago, é necessário passar por teses para poder ter a entrada liberada. Parte desse grupo foi escolhida aleatoriamente para novos exames, que deram positivo.
Na fiscalização, a polícia e a vigilância constataram que o laboratório não tinha equipamentos nem estrutura para realização do Exame RT PCR.
As apurações apontam indícios de que o estabelecimento realizava teste rápido de antígeno para COVID 19, porém emitia laudos atestando o exame de RT PCR.
Além disso, o laboratório, informou a polícia, não apresentou as documentações necessárias nem demonstrou a prática dos cuidados básicos de biossegurança.
A polícia disse, ainda, que o estabelecimento não adotava controle de qualidade, garantia da qualidade e rastreabilidade das amostras coletadas e exames realizados.
Por g1 PE