O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal (STF), negou na tarde desta sexta-feira (28) o pedido do
presidente Jair Bolsonaro para
não depor presencialmente à Polícia Federal.
Moraes havia determinado nesta quinta
(27) que Bolsonaro deveria prestar depoimento presencialmente nesta sexta, às
14h, em investigação que apura se o presidente vazou informações sigilosas em
uma "live".
No início da tarde desta sexta, porém,
a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com o recurso no STF para que Bolsonaro
não fosse obrigado a comparecer ao depoimento. Minutos depois, Moraes negou o
pedido.
Por volta de 14h, hora marcada para o
depoimento, quem apareceu na Polícia Federal foi o advogado-geral da União, Bruno
Bianco. Nesse horário, Bolsonaro continuava no Palácio do Planalto.
Além disso, o ministro entendeu que o recurso foi
apresentado fora do prazo pela AGU. O prazo para recorrer da tomada do
depoimento, apontou ele, se encerrou no dia 6 de dezembro.
No recurso, a AGU pediu a
reconsideração da decisão de Moraes ou, caso não fosse aceito, que o recurso
fosse submetido ao plenário do STF, a fim de que fosse reformada a decisão do
ministro, “explicitando-se que ao agente político é garantida a escolha constitucional
e convencional de não comparecimento em depoimento em seara investigativa”.
Moraes também destacou que,
diferentemente do que diz o recurso, o presidente "concordou expressamente
com seu depoimento pessoal".